segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Como reconhecer uma mentira?

Amados cristãos de toda a parte do mundo e pessoas de boa vontade que amam a justiça, venho por meio desse texto clamar sua atenção para que você saiba reconhecer um ataque ou uma perseguição à Igreja e não cair nas provocações ou comungar com o pensamento daqueles que querem destruir o que para nós cristãos é o Corpo de Cristo, ou seja, a Igreja. Não me refiro a críticas construtivas, mas à mentiras mesmo.

Falo isso, pois, nos dias de hoje, é muito fácil qualquer um falar o que quiser. Demos graças a Deus por isso. Afinal todos têm essa liberdade de se expressar. Mas o problema é que pessoas usam essa liberdade para disseminar a mentira ao invés da Verdade. E se você não prestar atenção e acolher tudo o que essa pessoa disser, você corre o risco de cometer a mesma injustiça que essa pessoa cometeu inicialmente. Sobretudo com a facilidade do retuite, do like e do compartilhar, essa mentira pode ir longe muito rapidamente e contaminar outras pessoas nessa mesma velocidade.

Não se ache uma pessoa impossível de ser ludibriada, pois qualquer um pode ser. Por isso devemos prestar sempre atenção no remetente das mensagens que chegam até nós. Antes da mensagem o remetente, por si só, já diz muita coisa do que estará contida no texto, imagem, som, vídeo que você recebe no seu email, Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, ...

Vamos identificar essas pessoas:
  1. Gente de fora da Igreja: Existe gente de fora da Igreja que discorda do seu proceder do passado e do presente. E muitas delas não crêem no que a Igreja prega. Nem todas essas pessoas consomem seu tempo procurando atacar a Igreja, mas outras sim. Alguns ataques são em forma de piada, outros são em forma de seriedade e outros são em forma de agressão.
  2. Gente de dentro da Igreja: Existe gente de dentro que faz divisão. Não nos escandalizemos com isso, pois isso não é novo, como já vi algumas pessoas da mídia colocarem. Se lessem, e estudassem um pouco a Bíblia já teriam visto que desde a época de São Paulo, ele tinha que admoestar a Igreja primitiva para que buscassem a unidade e não a divisão. Peguemos um pouco antes de São Paulo e vejamos Jesus. Até no meio dos Apóstolos surgiu divisão quando dois deles quiseram sentar um à direita e outro à esquerda de Jesus quando estivessem na glória eterna. Jesus teve que acalmar os ânimos dos outros Apóstolos e ensinar que na comunidade da Igreja não deve ser assim, não deve haver divisão, mas a unidade. Mas voltando, essas pessoas, por inúmeros motivos, que só a fragilidade humana pode dizer quais, não conseguem obedecer pois não compreendem algo que a Igreja coloca, e provavelmente não leram o parágrafo 2518 do Catecismo que diz que os fiéis devem crer nos artigos do símbolo, "para que, crendo, obedeçam a Deus; obedecendo, vivam corretamente; vivendo corretamente, purifiquem seu coração; e, purificando o coração, compreendam o que crêem". Às vezes a gente não entende, porque nosso coração não está puro. E se não estiver puro como pode compreender as coisas do Alto?
  3. Gente que só quer ver o sangue: Existe gente que só quer ver o sangue, que só quer ver a Igreja se digladiando e se dividindo. Mesmo sem ter lido que Lc 11, 17 "Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá", eles promovem o mal estar dentro da Igreja e fazem questão de gerar polêmica. Afinal é disso que esse tipo de gente vive.
Essas pessoas farão o que for preciso para te convencer de que é uma polêmica, e que é algo grave, e que isso e que aquilo. Bernardinho (técnico da seleção Brasileira masculina de vôlei) já dizia que a mídia tem o poder de fazer você muito melhor do que aquilo que você é, como também tem o poder de fazer você muito pior do que aquilo que você é. Então tem casos que são problemas, mas não são PROBLEEEEEEEMASSSS; como também tem casos que nem problemas são.

Diante dessa enxurrada de tentativas de te falar de algum ponto negativo da Igreja, queria levar você a identificar o bem e o mal, a separar o joio do trigo, a perceber o que é verdade e o que é mentira, a entender o ponto de separação entre uma crítica boa e uma crítica má.

E para isso eu gostaria de fazer uma reflexão breve. Se falassem mal da sua mãe, o que você faria? Você acreditaria de imediato ou iria perguntar à sua mãe se aquela informação procede? Você iria na versão de outra pessoa, ou daria espaço para sua mãe te dar a versão dela? Sua mãe não é a super power mega master diamond gold plus que nunca vai errar. Não é esse o ponto. Mas você daria espaço para sua mãe dar a versão dela? Na versão dela, ela pode confirmar tudo o que foi dito, ela pode confirmar parcialmente e dizer que não foi daquela jeito que te contaram, ou pode negar que aquilo que te foi dito de fato aconteceu. Você não daria esse espaço para sua mãe?

Por que trouxe o exemplo da mãe? Porque, para nós católicos, a Igreja é mãe. Mas para quem não é católico, nem muito menos cristão, mas é uma pessoa que ama a justiça, ainda vale a reflexão da mãe. Por isso demos espaço para a Igreja dar a versão dela. Não dê ouvidos a qualquer um que questiona a Igreja. E aqui chego num ponto importante do texto que é esse "qualquer um" mencinado acima. Posso eu chegar na sua casa e dizer que o sofá não deve ficar ali, mas em outro canto? O que você me diria? Com certeza ouviria um belo "quem é você?". Sou um qualquer um, pois não conheço o funcionamento da sua casa, nem a arquitetura, nem os motivos mais simples que te levaram a colocar o sofá ali. Para mim, simplesmente está errado o sofá estar ali e eu quero que você mude. Você daria ouvidos a qualquer um? Dê ouvidos a qualquer um que tenha propriedade para falar do que está falando. Há um tempo atrás, vi uma notícia num site de tecnologia falando que o Papa Bento XVI era contra a tecnologia. Qualquer um que acompanhasse o Papa Emérito Bento XVI sabe que ele é totalmente à favor da tecnologia. Posso dar ouvidos a quem não sabe do assunto? Posso pedir conselhos de matemática para um biólogo?

Então questione a propriedade da pessoa que te fala, do seu remetente. E onde achar quem tem propriedade? Vá direto na fonte. Outro dia vi uma suposta mensagem de Bento XVI sobre o uso de redes sociais para evangelizar. Todos sabem que ele é extremamente à favor disso, e muita gente, muito blog católico compartilhou essa mensagem. Mas procure em algum site oficial da Igreja, qualquer um: vaticano, news.va, cnbb, radiovaticana, ...; e me diga se você acha essa mensagem dele. Não tem. É muito feio disseminar mentira, mesmo que seja desse tipo. Se ele não falou, então não diga que ele falou, poste o texto como sendo seu. Então vá direto à fonte.

E falando em fonte, não posso deixar de mencionar referências. Textos que falam, falam, e falam, mas não apontam para referências "sérias" (boas fontes), deixam muito a desejar quanto à veracidade e autenticidade do conteúdo que traz.

Depois disso, devemos verificar se o conteúdo contém muitos adjetivos negativos. Geralmente percebe-se muita emoção e pouca informação nesses conteúdos. E quando se escreve/fala com muita emoção, traz-se pouca informação, e provocamos no leitor/ouvinte um sentimento que não dará espaço para a informação que venha depois. Ou seja, você está procurando por uma informação, mas acaba recebendo uma opinião.

Por fim, perceba as incoerências do conteúdo que chega até você. Por exemplo, se te disserem que seu bispo disse ser contra a homossexualidade e o Papa Francisco disse outra coisa, pois falou no avião que não podia julgar um homossexual que buscasse a Deus, veja de cara o erro, pois um falou sobre homossexualidade e outro sobre homossexual. Um falou do pecado e o outro do pecador (considerando que o homossexual praticou a homossexualidade). E digo mais, o que falou sobre homossexual não falou novidade alguma, como se parece, pois o que ele falou tá lá no Catecismo há quase 30 anos. Além do que a Igreja há zilhões de anos fala de acolher o pecador e não o pecado.
Estou querendo super proteger à Igreja? Ou dizer que ela não tem defeitos? Não. Longe de mim. Estou querendo simplesmente colocar o ponto nos is. Quero com esse texto te dizer: "Não engula tudo o que te descem goela abaixo, pois nem tudo é o que parece ser".
  1. Questione. Sobretudo o autor e sua senioridade no assunto.
  2. Vá à fonte.
  3. Busque no texto referências sérias.
  4. Atente para adjetivos negativos.
  5. Perceba as incoerências.
Se você seguir esses cinco passos, você vai se livrar de muito lixo seja na Internet, na TV, nos jornais, no trabalho, em casa, na roda de amigos.

Termino com as orientações de São Paulo e do Apóstolo João sobre esse tipo de coisa. São Paulo nos diz em sua primeira carta aos Tessalonicenses 5, 21: "Examinai tudo: abraçai o que é bom". E na primeira carta de João 4, 1: "Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo".

Fique com Deus e bons filtros de conteúdo para você.

Compartilhe esse texto com seus amigos, para que ele seja a luz que nos livra da mentira disseminada no mundo. Que venha a VERDADE, seja boa, seja ruim, mas não demos lugar para a mentira!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Estenda sua mão à quem te perdoa.



Somos tendenciados a ser cobradores de nós mesmos.

Na lógica humana, é mais fácil ser pecador do que ser santo. Mas porque, se cada um tem sua dificuldade e sua facilidade diferente? –Porque temos memória, e esta, nos faz lembrar mais de nossas misérias do que de nossas bondades, pois, geralmente o pecado nos deixa uma marca mais forte enquanto a bondade nos dá esperança e alegria.

Todos os dias sofremos grandes tentações, sejam elas para acumular pecados ou até “chutar o pau da barraca”. Se pudermos perceber, nos daremos conta de que caímos no pecado pela livre sensação de prazer ou até mesmo no querer chamar a atenção das pessoas. Digo isso porque somos pessoas humanas e estamos sujeitas a qualquer coisa todos os dias.

Quando caímos no pecado é gerado em nós duas sensações: o prazer da execução e o “arrependimento” por não conseguir renunciar. A segunda sensação gera em nós a culpa. Mas porque me arrependo de algo que escolhi livremente praticar? – Aqui devemos entrar em nossa verdadeira condição  de humanos e saber que verdadeiramente somos fracos, e sozinhos somos incapazes de renunciar ao pecado.

O sentimento de culpa gera em nós certa falta de esperança em nós mesmos, é como se dentro de nós não existisse mais condições de conversão; como se o perdão não fosse chegar até nós. Entretanto, o senso de culpa, que é diferente do sentimento de culpa, gera em nós o desejo de conversão, de mudança. O sentimento de culpa não deve reger os nossos passos, muito menos as nossas decisões, tampouco nossa vida espiritual. Já o senso de culpa nos recorda sempre que não estamos sós. Santo não é aquele que não peca, mas, quando peca estende a mão para a misericórdia de Deus, que o ergue novamente.

- Lembremos sempre de estender a mão à misericórdia de Deus e tudo não passará de uma “queda” que serve de composição de um testemunho da glória de Deus.

terça-feira, 16 de abril de 2013

" Por graça de Deus, podemos mergulhar neste amor misericordioso de Jesus Cristo."



O amor que verdadeiramente não se importa com os atos. O único amor que gera vida. Este é o amor de Deus, este amor que supera qualquer situação, este amor que cada vez mais dilata o coração do homem.

E como Deus nos ama? – Com misericórdia! Deus nos chama a provar de um amor encharcado de misericórdia. – Mas, atenção! Deus não tem “pena” de nós, mas, uma misericórdia que supera qualquer ferida, e faz com que nós sejamos consolados porque vivemos uma experiência de uma profunda esperança.

A consequência dos meus atos é gerada por mim mesmo. Quando me deixo conduzir por uma falha, por um pecado, por uma irresponsabilidade, fico sensível e vulnerável a continuar sendo conduzido por mim mesmo. – Mas podemos crescer a partir disso.

Na entrega de Cristo por amor, nós passamos a conhecer a liberdade. Por este mesmo amor, encharcado de misericórdia, Deus fez com que nós tivéssemos inúmeras chances de para Ele nos voltar. A Cruz é o nosso maior sinal de misericórdia. Foi lá que Ele deu Sua preciosíssima vida em favor da salvação do mundo.  Quando a lança perfurou o lado de Cristo, jorrou dali água e sangue. – Muitas vezes pensei que fosse um milagre ou algo sobrenatural, mas, descobri que não é. A medicina explica que quando somos profundamente feridos, o nosso corpo produz líquido internamente, e que de “qualquer” lugar que seja ainda mais ferido, sairá “água e sangue”. Mas então aquilo não significa nada? – Sim! Significa MUITO! Naquele momento, Deus em seu mais profundo momento de amor com o homem, desejou ainda mais profundamente, que ele tivesse a experiência com o Deus homem. Este Deus que desce dos altos céus e passa a estar em meio a nós, porque quer fazer-se um conosco.

       “Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.”

sexta-feira, 5 de abril de 2013

"A Cruz"







    Deus tem pressa, que conheçamos o valor primordial da Cruz, que é o objetivo último do cristão; a vitória sobre a morte, do espírito sobre a carne, da luz sobre as trevas. Foi na Cruz que Jesus sobre o madeiro pesado, que assumiu a natureza corrupta de todos nós, tudo por um ato supremo de amor e compaixão nos libertando de todo o mal existencial terrível, o qual adquirimos através de todos os nossos erros desde o princípio dos tempos.

    A Cruz simboliza tão somente os sacrifícios, constituídos das provações e renúncias que devemos assumir, de forma a cumprir o sublime mandamento de Cristo: “Sede , perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito.” (Mt 5,48)
Normalmente a idéia que se faz da cruz, é a de que ela representa o fardo de todas as tribulações por que passamos no mundo, ou o peso individual de uma responsabilidade difícil, a que estamos sujeitos por imposição do meio em que vivemos.

    Na Cruz, Cristo abriu a porta para a redenção espiritual do homem,mas para passarmos por esta porta, é necessário um sacrifício pessoal. A sua morte nos libertou de nosso passado de pecado, e pela graça divina, conquistou para nós o direito de sermos chamados novamente de filhos de Deus.

    Por fim, Jesus Cristo, não vai dizer: Vem, pegue seu carro, sua moto, sua bicicleta, quem sabe, até mesmo seu avião e siga-me! Ah! Mas Ele vai dizer: “Se alguém me quer seguir, renuncie-lhes a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mc 8,34)