terça-feira, 23 de abril de 2013

Estenda sua mão à quem te perdoa.



Somos tendenciados a ser cobradores de nós mesmos.

Na lógica humana, é mais fácil ser pecador do que ser santo. Mas porque, se cada um tem sua dificuldade e sua facilidade diferente? –Porque temos memória, e esta, nos faz lembrar mais de nossas misérias do que de nossas bondades, pois, geralmente o pecado nos deixa uma marca mais forte enquanto a bondade nos dá esperança e alegria.

Todos os dias sofremos grandes tentações, sejam elas para acumular pecados ou até “chutar o pau da barraca”. Se pudermos perceber, nos daremos conta de que caímos no pecado pela livre sensação de prazer ou até mesmo no querer chamar a atenção das pessoas. Digo isso porque somos pessoas humanas e estamos sujeitas a qualquer coisa todos os dias.

Quando caímos no pecado é gerado em nós duas sensações: o prazer da execução e o “arrependimento” por não conseguir renunciar. A segunda sensação gera em nós a culpa. Mas porque me arrependo de algo que escolhi livremente praticar? – Aqui devemos entrar em nossa verdadeira condição  de humanos e saber que verdadeiramente somos fracos, e sozinhos somos incapazes de renunciar ao pecado.

O sentimento de culpa gera em nós certa falta de esperança em nós mesmos, é como se dentro de nós não existisse mais condições de conversão; como se o perdão não fosse chegar até nós. Entretanto, o senso de culpa, que é diferente do sentimento de culpa, gera em nós o desejo de conversão, de mudança. O sentimento de culpa não deve reger os nossos passos, muito menos as nossas decisões, tampouco nossa vida espiritual. Já o senso de culpa nos recorda sempre que não estamos sós. Santo não é aquele que não peca, mas, quando peca estende a mão para a misericórdia de Deus, que o ergue novamente.

- Lembremos sempre de estender a mão à misericórdia de Deus e tudo não passará de uma “queda” que serve de composição de um testemunho da glória de Deus.

terça-feira, 16 de abril de 2013

" Por graça de Deus, podemos mergulhar neste amor misericordioso de Jesus Cristo."



O amor que verdadeiramente não se importa com os atos. O único amor que gera vida. Este é o amor de Deus, este amor que supera qualquer situação, este amor que cada vez mais dilata o coração do homem.

E como Deus nos ama? – Com misericórdia! Deus nos chama a provar de um amor encharcado de misericórdia. – Mas, atenção! Deus não tem “pena” de nós, mas, uma misericórdia que supera qualquer ferida, e faz com que nós sejamos consolados porque vivemos uma experiência de uma profunda esperança.

A consequência dos meus atos é gerada por mim mesmo. Quando me deixo conduzir por uma falha, por um pecado, por uma irresponsabilidade, fico sensível e vulnerável a continuar sendo conduzido por mim mesmo. – Mas podemos crescer a partir disso.

Na entrega de Cristo por amor, nós passamos a conhecer a liberdade. Por este mesmo amor, encharcado de misericórdia, Deus fez com que nós tivéssemos inúmeras chances de para Ele nos voltar. A Cruz é o nosso maior sinal de misericórdia. Foi lá que Ele deu Sua preciosíssima vida em favor da salvação do mundo.  Quando a lança perfurou o lado de Cristo, jorrou dali água e sangue. – Muitas vezes pensei que fosse um milagre ou algo sobrenatural, mas, descobri que não é. A medicina explica que quando somos profundamente feridos, o nosso corpo produz líquido internamente, e que de “qualquer” lugar que seja ainda mais ferido, sairá “água e sangue”. Mas então aquilo não significa nada? – Sim! Significa MUITO! Naquele momento, Deus em seu mais profundo momento de amor com o homem, desejou ainda mais profundamente, que ele tivesse a experiência com o Deus homem. Este Deus que desce dos altos céus e passa a estar em meio a nós, porque quer fazer-se um conosco.

       “Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão a Misericórdia.”

sexta-feira, 5 de abril de 2013

"A Cruz"







    Deus tem pressa, que conheçamos o valor primordial da Cruz, que é o objetivo último do cristão; a vitória sobre a morte, do espírito sobre a carne, da luz sobre as trevas. Foi na Cruz que Jesus sobre o madeiro pesado, que assumiu a natureza corrupta de todos nós, tudo por um ato supremo de amor e compaixão nos libertando de todo o mal existencial terrível, o qual adquirimos através de todos os nossos erros desde o princípio dos tempos.

    A Cruz simboliza tão somente os sacrifícios, constituídos das provações e renúncias que devemos assumir, de forma a cumprir o sublime mandamento de Cristo: “Sede , perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito.” (Mt 5,48)
Normalmente a idéia que se faz da cruz, é a de que ela representa o fardo de todas as tribulações por que passamos no mundo, ou o peso individual de uma responsabilidade difícil, a que estamos sujeitos por imposição do meio em que vivemos.

    Na Cruz, Cristo abriu a porta para a redenção espiritual do homem,mas para passarmos por esta porta, é necessário um sacrifício pessoal. A sua morte nos libertou de nosso passado de pecado, e pela graça divina, conquistou para nós o direito de sermos chamados novamente de filhos de Deus.

    Por fim, Jesus Cristo, não vai dizer: Vem, pegue seu carro, sua moto, sua bicicleta, quem sabe, até mesmo seu avião e siga-me! Ah! Mas Ele vai dizer: “Se alguém me quer seguir, renuncie-lhes a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mc 8,34)