quinta-feira, 23 de junho de 2011

Corpo e Sangue de Cristo

 

«A Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue uma verdadeira bebida».

«Isto é o Meu Corpo dado em sacrifício por vós. Isto é o cálice da Nova Aliança no Meu Sangue». [...] O que está a acontecer?

Como pode Jesus dar o Seu Corpo e o Seu Sangue? Ao fazer do pão o Seu Corpo e do vinha o Seu Sangue, Ele antecipa a Sua morte, aceita-a no Seu ímtimo e transforma-a num gesto de amor. Aquilo que, visto do exterior, é violência brutal [a crucifixão], torna-se, visto do interior, num gesto de Amor que se doa totalmente. Foi esta a transformação substancial que se realizou no cenáculo e que estava destinada a suscitar um processo de transformações cuja finalidade última é a transformação do mundo, até chegar à condição em que Deus será tudo em todos (cf I Cor, 15, 28).

Desde sempre que todos os homens, de alguma forma, aguardam no seu coração uma mudança, uma transformação do mundo. Pois este é o único ato central de transformação capaz de renovar verdadeiramente o mundo: a violência transforma-se em Amor, e por conseguinte, a morte em vida. E, porque este ato transforma a morte em vida, a morte, como tal, já está superada a partir do seu interior, nela já está presente a ressurreição. A morte está, por assim dizer, ferida intimamente, de modo que jamais poderá ser ela a última palavra. [...]

Esta primeira e fundamental transformação da violência em Amor, da morte em vida, arrasta depois consigo as outras transformações. O pão e o vinho tornam-se no Seu Corpo e no Seu Sangue. Mas a transformação não deve deter-se neste ponto, antes, é aqui que deve começar plenamente. O Corpo e o Sangue de Cristo são-nos dados para que nós mesmos, por nossa vez, sejamos transformados. Nós próprios devemos tornar-nos Corpo de Cristo, seus consanguíneos. Todos comemos o único Pão, mas isto significa que entre nós nos tornamos uma só coisa. A adoração, dissemos, torna-se assim união. Deus já não está só diante de nós como Totalmente Outro. Está dentro de nós, e nós estamos n'Ele. A Sua dinâmica penetra-nos e, a partir de nós, deseja propagar-se aos outros e difundir-se em todo o mundo, para qe o Seu amor Se torne realmente a medida dominante do mundo.


Boa adoração a todos.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Missa de Cura

 
Amados,

É com alegria que anunciamos a Missa de Cura que será realizada na nossa Comunidade todas as sextas-feiras às 15h. E já começa amanhã dia 17 de Junho.

Essa Missa era realizada na capela de Santa Zita, e a partir de amanhã será transferida para nossa casa. Que graça de Deus, poder celebrar o divino Mistério da Eucaristia todas as sextas-feiras na nossa humilide casa.

Estejamos presentes todos nós amanhã para a Santa Missa, e nos preparemos para encontrar na Eucaristia Aquele que é o nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo: o médico capaz de curar nossas almas.

Aproveite e leve alguém que esteja precisando dessa cura.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Arraiá de Alegria Nova Berith


Pessoal,

Queremos convidar todos vocês para o nosso Arraiá da Alegria que será nesse sábado agora, dia 18 de junho de 2011, na Escola Municipal Leonel Brizola em Tambauzinho, começando às 19h30min.

Vamos lá forrozar com boa comida, boa música e boas brincadeiras. O convite oficial está nesse vídeo:


Para quem não sabe onde fica a escola é só clicar aqui para ver o mapa.

Esperamos você lá! Mas não vá sozinho, leve mais pessoas com você. :)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nós vimos!

Bom, este post é para relatar outros momentos que não foram ditos no post passado sobre a viagem que nossa fundadora e nosso co-fundador fizeram à Europa à convite do Senhor. Embora somente eles, Michelle, Thiago e Juba estiveram lá, pela unidade com os irmãos, nossa comunidade pode dizer: nós vimos!

Em Lisieux, ficamos hospedados no Carmelo, mas não junto com as irmãs. Existe do lado uma passagem com um jardim e lugar para o retiro de peregrinos. Lá visitamos a casa que Santa Teresinha morou com seu pai e irmãs. Visitamos também a Igreja onde ela foi pedir pela primeira vez a permissão para ir para o Carmelo, mas o padre foi resistente. Nas fotos da sua casa vimos o quarto onde ela dormia, o mesmo que ela ficou muito doente e ficou curada com a experiência de Maria sorrindo para ela. Foi possível ver ainda nas fotos do quarto os brinquedos da nossa santa irmã. No jardim vimos uma estátua dela e de seu pai, representando o momento em que seu pai acolheu sua vocação do Carmelo. Participamos da Santa Missa na Basilica de de Lisieux. Lá vimos também a capela dos bem-aventurados Zelia e Mr Martin, pais de Santa Teresinha.

Em Paris visitamos a capela da Medalha Milagrosa onde encontramos as relíquia de São Vicente de Paula (o seu coração), e o corpo INCORRUPTO de Santa Catarina de Labouré! Aí foi um dos momentos mais fortes, pois pudemos ver com os olhos o Mistério da Ressurreição que se antecipou nessa santa. Nessa capela está o coraçao de São Vicente mas em outra capela está seu corpo INCORRUPTO também. No caso de São Vicente, parte do seu corpo foi destruído por conta de um saque que houve na igreja na época da Revolução Francesa, mas mesmo assim parte do seu corpo foi recuperada. Por isso é que tem uma parte da sua relíquia em uma capela e outra parte em outra.

Essa viagem tem conteúdo para vários posts, mas vamos ficar por aqui hoje. Finalizamos com um vídeo que fizemos na saida de Lisieux.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A verdadeira felicidade!


São Francisco e sua fama de santidade que granjeou em vida e perdura até os dias de hoje não decorreu de grandes manifestações de erudição religiosa, que jamais fez questão de possuir, e tampouco de seus milagres, que não obstante foram muitos e impressionantes, mas do seu exemplo de uma vida de completa dedicação ao próximo, dedicação que era animada por uma compreensão profunda, uma sinceridade espontânea, uma simplicidade autêntica em todas as coisas, qualidades banhadas de uma calorosa fraternidade, simpatia e caridade.

A alegria de São Francisco quando adjetivada de franciscana, ela forma um todo e evoca a alegria na sua pureza mais lídima e na sua expressão mais concreta. A convicção profunda de ser amado por Deus, a clareza de que tudo quanto fora criado dentro da beleza o fora para ele, a fraternização que conseguira estabelecer com todos os seres da natureza fazia-o cantar de alegria. Com freqüência, era visto empunhando um galho que arranjava à moda de violino e à moda de arco manejava um outro galho, como um violinista embevecido a produzir cascatas de notas que se evolavam pelo azul do céu. Como aprendera o francês de sua mãe e, com a língua, as canções da Provence, quando o júbilo o inundava, punha-se a cantar em francês os louvores de Deus.

Tomás de Celano(Frade Católico Medieval da Ordem dos Franciscanos, poeta e escritor) exprimiu muito bem este arrebatamento: “A suavíssima melodia de seu coração exprimia-se externamente em palavras que ele cantava em francês, e o que Deus lhe murmurava furtivamente ao ouvido extravasava em alegres cânticos franceses. Às vezes, pegava um pedaço de pau no chão, como vi com meus olhos, punha-o sobre o braço esquerdo, segurava na direita um arco de arame, passava-o no pedaço de pau como se fosse um violino e, fazendo os gestos correspondentes, cantava ao Senhor em francês. Freqüentemente, esta festa toda acabava em lágrimas, e o júbilo se dissolvia na compaixão para com a paixão de Cristo. Então, começava a suspirar sem parar, dobrava os gemidos, e logo, esquecido do que tinha nas mãos, era arrebatado ao céu”

A felicidade para São Francisco pode ser resumida ao seguinte diálogo com Frei Leão:

Francisco de Assis inicia o diálogo:
“- Frei Leão, escreve qual é a verdadeira felicidade.
- Estou te ouvindo, paizinho.
- Se todos os frades menores alcançassem a santidade, e dessem exemplos de trabalho e dedicação ao próximo, sabe, ovelhinha, ainda assim não teriam alcançado a verdadeira felicidade.
E continuou o santo Francisco de Assis:
- Frei Leão, mesmo que os frades menores fossem capazes de realizar os mais maravilhosos milagres em nome de Deus, curando leprosos, ressuscitando mortos, ainda assim não teriam alcançado a verdadeira felicidade.
Frei Leão continuava um atento ouvinte enquanto Francisco continuava  seus ensinamentos:
- Sabe Frei Leão, se os frades menores soubessem falar a língua dos anjos, e conhecessem toda a ciência, e toda a Escritura, ainda assim não teriam alcançado a verdadeira felicidade.
Frei Leão continha a sua curiosidade enquanto o pobrezinho de Assis continuava:
- Se os frades menores pregassem de forma tão maravilhosa que todos se convertessem ao Cristo de Deus, ainda assim não teriam alcançado a verdadeira felicidade.
Sem conseguir mais conter a sua curiosidade Frei Leão implora:
- Pai, por favor me diga onde se encontra a verdadeira felicidade?
Olhando para o alto como em um silencioso diálogo com o Pai, Francisco de Assis ensina:
- Frei Leão, imagine que eu chegue a Santa Maria dos Anjos, tarde da noite, todo sujo, molhado, com fome e sede, com os pés feridos, bato à porta e alguém pergunta: ‘Quem és’ e eu me identifico: ‘Irmão Francisco’. Ao que ele me responde: ‘Isso não é hora de nos incomodar, não vamos deixá-lo entrar’. E continuando a bater, ele sai e me afasta dali com agressões e gritaria: ‘Vai-te daqui, pára de nos incomodar seu vagabundo imprestável, não te queremos entre nós’. E se eu suportar tudo isso com paciência e amor, oh! Frei Leão, jamais se esqueça, aí se encontra a verdadeira felicidade.
Frei Leão encontrava-se profundamente emocionado e absorto em seus pensamentos enquanto Francisco continuava:
- Se após tudo isso, retorno tomado pelo cansaço, pelo frio, pela fome e pela sede e implorando insisto: ‘Meus irmãos, pelo amor de Deus, deixem-me ficar por esta noite’. E ele impiedosamente me agride sem piedade, se tudo isso suporto com paciência e bondade, escreve, Frei Leão, é aí que se encontra a verdadeira felicidade
Com simplicidade e beleza poética, Francisco de Assis esclarece a humanidade em seu diálogo com Frei Leão, que o homem verdadeiramente livre e feliz é aquele que sabe encontrar a serenidade e a paz diante do sofrimento.”